sábado, 23 de agosto de 2014

Nos Foros e Dádivas das Inquirições de 1220


Santa Marinha de Vicente, como São Félix de Gondifelos, já ocorrem no Censual do Bispo D. Pedro de cerca de 1090. Mas Santa Marinha de Vicente interessa-nos particularmente por causa dos Correias, por causa em concreto de Fiães, por causa de Penices, da Quinta de Cruges, etc. 
Veja-se o que se escreveu nos Foros e Dádivas das Inquirições de D. Afonso II, de 1220 (tradução nossa):
Santa Marinha de Vicente.
Martinho Pais, abade, Rodrigo Gonçalves, Paio Mendes, Paio Mendes (segundo do mesmo nome), Fernando Peres, Paio Peres, Reimão Mendes, Pêro Bó, Enes Reimões, Odorico Mendes, jurados, disseram que quando o Senhor da terra vem a Agistrim dão-lhe os homens desta vila quatro pães de quatro dinheiros. E dão de fossadeira, de uma quintã, oito côvados e um legão (por fossadeira). E entrou lá o filho de Reimão Peres na sétima parte dessa quintã e retira-lhe a sétima da fossadeira. E de outra quintã que lá há davam de fossadeira um bragal; e comprou dela D. Sancha Pais a sétima parte das duas quintas e retira-lhe a paga da fossadeira. E nestas duas quintãs pagavam voz e coima e agora não pagam por causa dos filhos de Reimão Peres.
Agistrim é o reguengo de Agistrim, em Balasar, e a Pousa Real que lá havia. A palavra Agistrim é forma antiga de Gestrins. 
Reimão Peres é o conhecido Reimão Peres de Ribavizela, nobre importante do tempo, que foi casado com Sancha Pais. 
Sancha Pais é filha de Paio Soares Correia, que era, por exemplo, dono da paróquia de Gresufes.
Fossadeira, voz e coima são impostos.

Ponte românica da Gravateira

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